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Pesquisa por órgão
Biblioteca Clóvis Vergara Marques
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UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS NO ENSINO DE QUÍMICA

Os referenciais curriculares para a área de ciências da natureza apontam para um modelo educacional pautado no desenvolvimento de habilidades que promovem aos sujeitos do ambiente escolar uma maior desenvoltura e consciência de nosso ambiente, tornando-os cidadãos ativos. Por outro lado, no ensino de química, muitas vezes os conteúdos do ensino médio são uma transposição descontextualizada de tópicos do ensino superior. Dessa forma, o aluno que não tem intimidade com ciências da natureza, além de se questionar do porquê estudar química, física e biologia, acaba também desenvolvendo grande repulsa por esses conhecimentos, o que acaba refletindo em altos índices de reprovação. O livro didático também constitui um problema considerável, visto que se um mesmo livro didático for seguido fielmente por professores de diferentes regiões do país, teremos um problema que é a falta do contexto. Para reverter esse quadro, propomos o caminho inverso: a partir do contexto do aluno, deseja-se traçar quais conteúdos de ciências da natureza pode-se trabalhar, e a partir da experimentação, fazer as relações necessárias voltadas ao desenvolvimento do conhecimento científico. Concretamente, foram pensados em vários temas que poderiam proporcionar tanto interdisciplinaridade como a valorização do contexto. Os medicamentos, pela sua grande utilização e pelos avanços tecnológicos associados foram escolhidos e estabeleceu-se uma metodologia voltada para a pesquisa com a finalidade de verificar as concepções sobre medicamentos, posologia e tipos de medicamentos utilizados por responsáveis de alunos de um ambiente escolar. Após a análise de resultados da pesquisa, estabeleceu-se a construção de um módulo de atividades teórico-práticas que relacionam a composição, propriedades e transformações de medicamentos sob o ponto de vista biológico e químico e também que apresentem potencial de relação com conteúdos dos três anos do ensino médio e de cursos técnicos de química. Com isso, espera-se contribuir para melhorar o aproveitamento dos estudantes com relação aos conteúdos de ciências da natureza.

AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DAS HOMOLESBOTRANSFOBIAS SOB A PERSPECTIVA DAS JUVENTUDES: O CONTEXTO ESCOLAR EM AÇÃO

A escola é um espaço que congrega vários cenários sociais de relações interpessoais. Muito embora ela não seja meramente reprodutora de tais similitudes, acaba por refletir as tramas sociais existentes no espaço macro da sociedade. O preconceito e a discriminação, na sua expressão mais contundente – a violência – vitimizaram e impediram a existência de vidas humanas ao longo de toda a história, o que sofreu uma importante transformação no século XXI, sendo que em 2012 no Brasil, foram registradas pelo poder público 3.084 denúncias de 9.982 violações relacionadas à população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais), envolvendo 4.851 vítimas e 4.784 suspeitos. O direito à educação invalida a dicotomia dos direitos humanos que separa os direitos civis e políticos dos direitos econômicos, sociais e culturais, já que engloba todos ao afirmar e afiançar a universalidade conceitual desses direitos negando- se a aceitar que a desigualdade e a pobreza sejam fenômenos contra os quais não se pode lutar. Na escola, a homofobia e os preconceitos a ela associados – como um conjunto de crenças, atitudes e comportamentos negativos atribuídos a membros de determinados grupos sociais – se expressam por meio de agressões verbais e/ou físicas a que estão sujeitos estudantes que resistem a se adequar à heteronormatividade. A Teoria das Representações Sociais, operacionaliza um conceito para trabalhar com o pensamento social em sua dinâmica e em sua diversidade, universo consensual sendo aquele que se constitui principalmente na conversação informal, na vida cotidiana, enquanto o universo reificado se cristaliza no espaço científico, com seus cânones de linguagem e sua hierarquia interna, ou seja, a TRS, propõe uma psicossociologia do conhecimento, com forte apoio sociológico, mas sem desprezar os processos subjetivos e cognitivos. Sendo assim, o objetivo deste Trabalho de Conclusão de Curso é analisar as representações sociais das homolesbotransfobias no espaço escolar. A metodologia deste de trabalho será aplicação de instrumento denominado Escala de Preconceito contra Diversidade Sexual de Gênero (EPDSG) – em uma Escola Estadual da Microrregião 8 de Porto Alegre/RS – , essa escala foi selecionada por medir o preconceito tanto contra não conformidade de gênero quanto por identidade de gênero e transexualidade. A análise dos resultados será uma abordagem qualitativa estudo de caso, sob a perspectiva que concebe as representações sociais como um processo socialmente construído pelos sujeitos nas suas interações cotidianas, enquanto atuam na realidade. Cabe salientar que a escola sendo um espaço de reprodução de um protótipo de sociedade ideal, salienta alguns posicionamentos, principalmente religiosos e midiáticos, que acarretam a exclusão e marginalização dos indivíduos que não “se adéquam” a esses estereótipos – tendo a escola como objetivo – tornar o estudante ativo a transformação, visto que a sociedade atual manobra a massa necessária para execução de seus objetivos.

VERBALIZANDO O IMPLÍCITO: AS EMOÇÕES NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DOCENTE DE PROFESSORES/PROFESSORAS DE CIÊNCIAS DA NATUREZA

O presente trabalho tem como objetivo tematizar as relações entre as emoções vivenciadas na trajetória docente e as imagens sociais acerca do que seja ser um/uma bom /boa professor/professora. Foi desenvolvido junto a duas licenciandas do Curso de Ciências da Natureza que atuam como professoras na rede de ensino público Estadual. As emoções foram analisadas desde sua perspectiva subjetiva até a dimensão social que as modulam. Tendo em vista os limites do modelo educacional fundamentado na dicotomia razão-emoção, fazem-se urgentes e necessários a construção, o estudo e a avaliação de outros olhares sobre o universo escolar, em particular no que se refere ao ensino de ciências que, geralmente, encontra-se vinculado predominantemente à racionalidade. Trata-se de uma abordagem qualitativa, na qual os sujeitos de pesquisa participaram do estudo através de entrevistas de explicitação (EDE) que permitem e estimulam a evocação de lembranças e a verbalização detalhada destas. Para tanto, os sujeitos se submeteram, durante a entrevista, ao processo de conscientização reflexiva com vistas à explicitação do que foi evocado. Na EDE o entrevistador media todo o processo com o auxílio de um roteiro previamente elaborado. Um dos pressupostos dessa opção metodológica é que o estímulo à reflexão sobre suas práticas, sobre as imagens do que consideram ser um/uma bom/boa professor/professora e sobre o lugar que as emoções ocupam nelas, cria condições de possibilidade para que os sujeitos se reconheçam como seres emocionais e passem a atuar em sintonia com esta nova percepção.

Karla Medeiros da Silva

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